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Poluentes do ar ligados à ocorrência de autismo

5 de novembro de 2014 (Bibliomed). Os transtornos do espectro do autismo - uma série de condições que envolvem déficits sociais e as dificuldades de comunicação - afetam uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos, de acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças. Pesquisas anteriores sugerem que fatores hereditários e relacionados aos primeiros estágios do desenvolvimento exerçam papel importante nos riscos de uma criança ser autista.

Agora, de acordo com um novo estudo, surge a informação de que as crianças expostas a duas toxinas existentes no ar - cromo e estireno - enquanto estiverem no interior do útero de suas mães e durante os dois primeiros anos de vida  - podem ter  probabilidade aumentada de desenvolver autismo.

Segundo pesquisadores da Universidade de Pittsburgh Graduate School of Public Health, a exposição pré-natal e precoce a uma maior quantidade de cromo (um metal pesado), aumenta o risco para o autismo em 65 por cento. Já o estireno, encontrado em escapamento de carros e em emissões industriais, dobrou o risco para a desordem do desenvolvimento neurológico. O estireno é utilizado na fabricação de plásticos e tintas.

Para o estudo, foram entrevistadas 217 famílias de crianças com transtorno do espectro do autismo. Os pesquisadores compararam-nas com dois conjuntos de famílias que tiveram filhos sem transtorno do espectro do autismo nascidos durante o mesmo período e nos mesmos seis condados no sudoeste da Pensilvânia.

Para cada família, a equipe usou a Avaliação Nacional dos EUA de tóxicos do ar para estimar a exposição a 30 poluentes conhecidos por afetar o cérebro, glândulas e hormônios.
De todos os produtos químicos no ambiente, estireno, cromo e, em menor medida, o cianeto se destacaram como os mais associados com transtorno do espectro do autismo, concluiu o estudo.

Segundo os autores da pesquisa, os resultados são ainda preliminares; eles ainda advertiram que os resultados do estudo indicam uma associação entre a exposição a esses produtos químicos no ar e autismo, mas não é uma prova de que eles realmente possam causar autismo. O estireno e cromo poderiam talvez desencadear a predisposição genética de uma pessoa de autismo, disseram.

Os resultados do estudo foram apresentados na congresso anual da American Association for Aerosol Research em Orlando, Flórida.

Fonte: American Association for Aerosol Research annual meeting, Orlando, Fla. Oct. 22, 2014.

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